15 de outubro de 2015

O mestre também tem culpa


Todos nós passamos "pelas mãos" de um professor. Alguns deixam boas impressões, outros nem tanto. Ensinam, seja por bons ou maus exemplos. São humanos. Escutamos aos quatro ventos frases do tipo: "o professor é de suma importância; sem educação não há futuro; o professor precisa ser mais valorizado; melhores salários aos educadores; valorizam mais um jogador de futebol do que um professor". Ficamos indignados com estes fatos. Revoltados, mas fazemos alguma coisa para mudá-los? 

O mestre que leciona também não foi aluno, não é pai, mãe? Não é ele, também, de certo modo, culpado pela inversão dos valores que agora representa? Não somos todos? O que quero dizer é que este desrespeito ao ato de adquirir conhecimento e utilizá-lo tem suas raízes bem mais fundas do que aparenta. Uma catarata que se estende; um câncer que não mata. 

Todas as frases de lamentação que envolvem Educação são verdadeiras, entretanto cabe a nós fazer mais do que lamentar. Um problema que de fato se vê em qualquer ramo profissional é o da Responsabilidade. Ninguém quer a dele. Alguém nos ensinou a não assumir a nossa. 

É preciso mudar isso. É preciso ter mestres responsáveis; cidadãos que aprendam o significado da palavra de um homem. O conhecimento em si está disponível de forma muito mais fácil hoje em dia, mas nunca esteve tão distante das pessoas. A confusão é grande, proposital e cabe ao professor assumir a árdua responsabilidade de guiar o seu aluno; de mediar o seu contato com o conhecimento. Explicar-lhe o que é joio e o que é trigo. 

Pessoas que pensam.       

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