29 de junho de 2015

A Vida é Breve

 

O amor, sempre ele

Jostein Gaarder relata que “achou” em um sebo argentino um precioso manuscrito que lhe serviu de base para esta obra. Trata-se de uma carta direcionada ao renomado filósofo Agostinho de Hipona (Santo Agostinho), escrita pela mulher que havia vivido com o Bispo, antes de sua “conversão”.

Flória é o nome do remetente e personagem principal de A Vida é Breve. Ela relata suas conclusões sobre a Obra do destinatário. O leitor que acompanha os comentários de Flória vai conhecendo parte da intimidade do casal e a filosofia de Agostinho. Como é característico nas obras de Gaarder, ele ensina filosofia com romance. Da mesma forma que nos livros anteriores, a técnica funciona bem. Com uma narrativa um pouco mais formal, numa tentativa de simular a linguagem que se praticava na época de Agostinho, Flória vai tecendo também sua própria filosofia. Somos tão pequenos…

Um livro curto. Cabe mesmo em uma carta que nunca foi lida (talvez, sequer escrita), mas que já discutia temas que assolam nossos dias. A hipocrisia, o amor, a família e o próprio conhecimento são os temas que a personagem traz à baila, mostrando-se também uma excelente filósofa.   

Fica a resenha e a dica.           

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