As gotículas de chuva escorriam preguiçosas pelo vidro do furgão. Já era noite, Ester estava cansada. Observava os rabiscos de chuva no vidro toda vez que um farol iluminava o interior do veículo. A mãozinha direita espalmava a superfície transparente, numa brincadeira impossível. Ela controlava os desenhos que formavam com o escorrimento da chuva sobre o vidro. A escuridão lhe tirava a visão, mas a brincadeira estava salva. Ela acontecia em sua mente.
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