Os Filhos de Sétimo - O Turno da Noite vol.1

Quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

“O Turno da Noite” é uma série de livros do autor brasileiro André Vianco. Está dividida em três partes (volume 1, volume 2 e volume 3) e tem ligação direta com outros dois livros do autor: Os Sete e Sétimo. “Os Filhos de Sétimo”, o primeiro, relata os acontecimentos após a morte de Sétimo.

Patrícia, Alexandre, Bruno e Raul são vampiros novatos, desgarrados do covil de Sétimo que se encontram perdidos. Tudo muda quando um misterioso vampiro de mais de 500 anos contata o quarteto e faz a oferta de guiá-los em troca de favores. O ancião Ignácio tem uma agência secreta que usa vampiros como arma contra a escória humana. Em troca de proteção, ensinamento e alimento (sangue humano) os vampiros devem seguir as ordens de Ignácio e matar as “más pessoas”. Eles são “O Turno da Noite”, a mão pesada contra os bandidos de São Paulo.

À Patrícia e seus companheiros, um mundo novo é apresentado. Dinheiro, carrões, apartamentos luxuosos e morte. Com o desenrolar da história mais personagens apresentados nos livros anteriores de Vianco dão as caras, inclusive o assassino de Sétimo. Paralelamente ao desenvolvimento do Turno da Noite, a guerra entre humanos e vampiros se intensifica.

É um livro rápido, focado na ação. Termina abruptamente, deixando evidente a necessidade da leitura do segundo volume e consequentemente o terceiro. Aliás, a obra apesar de poder ser interpretada isoladamente, faz referência á toda saga vampírica do autor. Existe a intertextualidade, o que pode ser um ponto negativo para leitores que gostam de ver um final por volume.

O autor, por sua vez, é bem conceituado no mercado literário. Seus livros sobre criaturas da noite retratam um Brasil obscuro, enfestado por criaturas que até então só eram vistas no exterior. Vianco usa referências verdadeiras sobre os lugares em que acontece a história.

Em suma, “O Turno da Noite- Os Filhos de Sétimo” é uma obra brasileira decorrente de outras, que pode ser interpretada sozinha, mas que necessita da leitura de sua continuação. Concebida por um autor que é brasileiro de verdade,  cujo palco de suas histórias são tupiniquins. Um bom exemplo para outros autores.  

Fica a dica e a resenha.

Abraços