14 de novembro de 2012

A gente ama, a gente sonha



 proibido sentir

“A gente ama, a gente sonha” é o título do trabalho mais recente da escritora Fabiane Ribeiro. O livro, que por enquanto é restrito à publicação digital, retrata um futuro no qual as pessoas são dividias por classes sociais e vivem em um ambiente impróprio para a sobrevivência humana. Os homens poluíram o ar e os mares. Só conseguem atingir os trinta anos de idade pessoas da classe R (Ricos) ou E (Extremamente Ricos). Os Ps (Pobres) e Ms (Miseráveis) não chegam muito longe, já que vivem ao “ar livre” respirando ar poluído e expostos ao sol escaldante. A história começa com uma cidadã M, lutando pela simples necessidade de respirar.

Zildhe está no fim da vida aos vinte e seis anos de idade. Sua única esperança é sobreviver o suficiente para ver o filho nascer no Hospital dos Embriões, o local destinado ao nascimento de todas as crianças do futuro. Nesse local trabalha Vanessa, a protagonista da história que, além de ser uma cidadã R, tem a profissão de Geradora. Ela é a responsável para monitorar e zelar pelo nascimento dos bebês. O envolvimento de Vanessa com o bebê de Zildhe vai dar rumo á toda a história.

Vanessa, Nenê para os íntimos, perdeu os pais quando nova. Vive em sua casa com seus dois irmãos, protegida por Redoma, o artifício tecnológico responsável pela proteção das pessoas do sol e pela purificação do ar. Na casa ainda se encontram os Robôs Pessoas, que são responsáveis por auxiliar as pessoas e registrar todos os momentos de suas vidas. Nenê não é como as pessoas da Cidade que Nunca Dorme, o nome do local onde reside. Ela sonha, o que é proibido pelo Maquinário, o complexo detentor do poder na sociedade que virá.

Sonhar da forma que conhecemos, no futuro, não é permitido, assim como expressar qualquer tipo de sentimento. Para suprir a necessidade de sonhar atinente ao ser humano, o Maquinário instituiu Máquinas de Sonhos, cujas programações já são pré-estabelecidas e contribuem para o plano de manter as pessoas sob controle. Isso se parece muito com as nossas TVs de hoje, não acha? Só é possível sonhar com aquilo que o Maquinário permite, mas a Máquina de Sonhos de Vanessa está com defeitos e ela é livre para sonhar o que quiser. Consequentemente poder resgatar algo há muito perdido: os sentimentos.

Uma estranha paixão pelas coisas dos “Antigos” (nossa sociedade), os sonhos livres, o bebê de Zildhe, o misterioso amor que lhe aparece nos sonhos, a criança que adora pintar telas, vão mudar a vida de Vanessa e do futuro de uma forma surpreendente, cuja mensagem nos faz refletir sobre nossas próprias atitudes e sobre a nossa sociedade. É exatamente isso que fica ao terminar a leitura de “A gente ama, a gente sonha”, a reflexão sobre o mundo, sobre as pessoas e os sentimentos. O que é mesmo importante?

Um livro rápido, intenso e de mensagem relevante, como já parece ser característico da autora. A exploração dos sentimentos em suas mais variadas formas em conjunto com o mistério tornam a leitura agradável e fruída. Confesso que fiquei surpreso com a revelação do verdadeiro amor de Nenê que acontece no final do livro. Eu não fazia ideia e isso me deixou satisfeito. Fabiane nos surpreende e como é bom ser surpreendido.

Fica a resenha e a dica.

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