29 de julho de 2012

Sumiço e Simplicidade

 

Primeiro queria esclarecer que o meu sumiço recente tem a ver com meu trabalho e afazeres particulares. Ele vai perdurar por este mês que se aproxima e peço perdão. Sei que isso não importa para vocês, mas a ideia é me justificar. Quando voltar, terei muitas novidades se tudo correr bem. Projetos novos…

Agora gostaria de dividir com vocês um vídeo bem legal. Ele justifica o título da postagem, a segunda parte:

Simples, a letra, a música e os desenhos, como tudo na vida deve ser. Perfeito.

Abraço!

18 de julho de 2012

O Lançamento de “Os Herdeiros dos Titãs - A Mão do Destino”

 

O autor e amigo Erick Musashi lançará no próximo dia 02 de agosto, das 17h00 às 20h00, no Teatro Augusta, o seu aguardado livro “Os Herdeiros dos Titãs – A Mão do Destino”. O livro é a continuação direta do primeiro “Os Herdeiros dos Titãs – De Lutas e Ideais”, cuja resenha pode ser lida aqui.

Olha só o convite para o evento:

  

No dia do evento vai acontecer um a promoção especial para quem adquirir a duologia, ou seja, os dois livros “Os Herdeiros dos Titãs”. Aqui está o valor dos livros para o dia do lançamento:

 

É uma boa oportunidade para prestigiar o autor e ainda comprar dois livros pelo preço de um! Para mais detalhes sobre o lançamento, visitem o blog oficial do autor:

http://osherdeirosdostitas.blogspot.com.br/

Mais detalhes do livro novo:

http://www.skoob.com.br/livro/238481-os-herdeiros-dos-titas

O livro estará na 22ª Bienal do Livro de São Paulo no estande da Cia dos Livros. Vale a pena dar uma conferida!

Desejo sucesso au autor. 

Abraço.

13 de julho de 2012

Resenha de Edissa por Paulo Uzai Junior

 

edissa2

 

“Edissa" é a continuação direta de "Ester". Muitos podem vê-las como obras diferentes, que tem apenas a semelhança de trabalharem com quase a mesma temática. Mas não! "Edissa" é a continuação de "Ester". Não uma continuação no sentido temporal do termo, mas sim como uma progressão. Vejo Edissa como um progresso, uma evolução de Ester. É um texto muito mais limpo, muito mais claro do que Ester. Da primeira a última linha é possível perceber onde o autor está querendo chegar; e você vai sendo guiado pelo autor, por esse estranho mundo de sonhos. A clareza da obra Edissa se vê muito mais nítida em seus símbolos.

Todos eles muito bem descritos e de fácil acesso. Em Ester os símbolos também são claros, mas em alguns ainda havia alguma dificuldade em saber o que o autor estava querendo dizer. Em Edissa tudo é claro como o Dia. ? Aliás, a leitura pode ser feita em dois níveis simultaneamente. Um no nível do que o texto está nos dizendo apenas (as aventuras de Edissa pelo mundo dos sonhos) e um segundo nível, mais elaborado, que é o reio no simbólico.

Edissa lembra um pouco as velhas fábulas medievais, onde toda a natureza aparece antropomorfizada. Os medievais usavam as fábulas por dois motivos. O primeiro é que a fantasia contida em tais histórias era de fácil acesso às crianças, que poderiam assim captar o fundo moral daquelas obras de maneira muito simples. O segundo (sendo essa uma mera especulação da minha parte) era porque os medievais estavam muito mais próximos da natureza do que nós, pós-modernos. Os animais das florestas, as árvores, os rios, os anjos, enfim, tudo isso era o que povoava o imaginário medieval, por isso eras quase natural escrever sobre isso. ? Edissa lembra mais uma fábula medieval por conta dos seus símbolos de cunho moralTalvez o autor devesse ter trabalhado melhor as temáticas. Os leitores passam por temas tão ricos com tamanha velocidade que, por vezes, mal conseguem ver sua real riqueza. E isso é uma crítica que faço desde Ester (senti a mesma coisa nesta obra). Mas, pelo que vejo, esse é o estilo do autor e se ele forçar algo de diferente, sua naturalidade ao escrever se perderá. E se essa for sua característica essencial, não deve perdê-la nunca.

 

A resenha original pode ser conferida aqui.

Obrigado Paulo pelas palavras tão positivas sobre a minha obra.

5 de julho de 2012

Transmigrando para o Nada


Paulo Uzai Junior, amigo de longa data, publicou recentemente pelo domínio do Bookess seu mais novo trabalho “Transmigrando para o Nada”. Maduro e consciente do tempo em que vive, o autor nos apresenta um ponto de vista crítico sobre a atual sociedade brasileira. 

Baseado no Niilismo (para saber o que é Niilismo clique aqui), como o título sugere, o personagem central da trama não consegue traçar uma finalidade para o que faz e vivencia. Analisando seus próprios atos, sua vida e as pessoas, ele é levado a crer que tudo não passa do que realmente é. Explicando, pelo que pude entender, não há nada de especial no que fazemos; são coisas naturais que se exaurem no momento em que são realizadas. O autor faz essa reflexão de uma perspectiva real, do ponto de vista do personagem Alfredo, tão comum, tão normal quanto eu ou você. 

Críticas e opiniões são constantes em “Transmigrando para o Nada”. É uma obra de cunho filosófico e reflexivo que muito me lembrou minha leitura recente “O Lobo da Estepe” (postagem aqui). Essa associação se deu pelo fato de em ambos os casos, a análise da importância das coisas ser realizada de uma perspectiva nova. A discussão sobre o ego das pessoas e a influência que isso tem nos acontecimentos e na quantificação. Não são assuntos de fácil intepretação, mas viso pela ótica que Uzai nos apresenta pode ser compreendido em boa parte. 

É fato que todo o estudo do autor o ajudou a conceber e a desenvolver ideia tão complexa. Estou muito satisfeito e feliz com a maturidade do autor, tão amigo e de “mesma origem literária” do que este que vos escreve.

Nesta postagem apresento a obra completa:


O livro também pode ser lido no sinte do Bookess pelo link:

Eis o perfil do autor no Bookess:

Éramos apenas meninos…
Abraço.

3 de julho de 2012

O Lobo da Estepe de Hermann Hesse

 

O mundo dentro de mim

 

Hermann Hesse, alemão naturalizado suíço e vencedor do Prêmio Nobel da Literatura do ano de 1946 é o autor do livro “O Lobo da Estepe”, cuja publicação se deu em 1927. O livro é considerado a obra-prima do autor e nele nos deparamos com filosofia, crítica social e introspecção.

O personagem principal Harry Halley é um homem de cinquenta anos, intelectual e alcoólatra que acredita, inicialmente ter duas personalidades. A primeira a de homem e a segunda de lobo. O Lobo da Estepe é o animal que Harry tem adormecido dentro de si, é a personalidade responsável pela sua fúria, pelas suas ações instintivas.

Desgostoso da vida, sem pretensões, Halley não consegue enxergar uma solução para sua situação senão a de tirar a própria vida. É que para ele, um sujeito intelectualmente desenvolvido, não há motivos para viver. Os objetivos das pessoas comuns não são atraentes para ele, na verdade são futilidades que ele abomina.

Refletindo sobre o mundo, sobre as regras da burguesia e a guerra, o personagem sem se dar conta começa a adentrar em uma nova dimensão. Não se pode precisar quando começa, mas se intensifica quando voltando de um bar Harry depara-se com uma porta estranha em um muro conhecido. As inscrições eram estranhas: “Só para loucos”. Do episódio em diante o personagem vai adentrando lentamente neste mundo só para loucos e passa a conhecer mais sobre si e sobre as crenças que julgava imutáveis.

Pessoas inusitadas como a enigmática Hermínia vão auxiliando Harry a entender o mundo. Numa reflexão de si e dos outros o Lobo da Estepe entende o que importa na vida. No auge das suas descobertas ele é convidado para adentrar no Teatro Mágico e lá descobre que não é apenas dois, mas vários Harrys que podem ser acessados para cada fase da sua vida. Excedendo os limites temporais, o autor nos deixa claro que para cada ocasião de nossas vidas, há um de nós responsável. Não devemos demarcar os acontecimentos com o Tempo, mas com nossos eus.

O Lobo da Estepe não se trata de uma leitura fácil. Interpretar os conceitos filosóficos e críticos do autor é uma tarefa complexa, cujo objetivo não é alcançar totalidade. Ao que parece, como ocorre com os vários eus expostos no livro, há várias interpretações. É um livro enigmático que nos mostra uma vista facetada da realidade. Real e imaginário se misturam de uma forma que não se pode distingui-los.

A mensagem que fica é a de que são nas pequenas coisas que estão o real sentido da vida. Não há tempo, nem pessoas especificas, mas o simples, o agora e o ser. A dança, o sabor, o momento. Em O Lobo da Estepe somos levados a crer que para cada momento existe um de nós, daí a razão de o presente ser tão especial. Não se pode negar que em muitos momentos (ou todos) somos como a personalidade lupina do personagem, ou seja, impensantes, impulsivos e furiosos. A verdade é que se trata mesmo de um livro “só para loucos”.

Fica a resenha e a dica.