29 de novembro de 2011

A injustiça da Justiça



 
A gente vê na TV notícias horríveis todos os dias. Assassinatos, roubos, furtos, golpes, corrupção e pedofilia são exemplos. Neste final de semana, vimos a história do Sr. Marcos Mariano, homem acusado e condenado injustamente por assassinato que passou 19 (dezenove) anos preso. Na cadeia, pegou Gonorreia, ficou cego e foi abandonado pela família.

Aos 63 anos de idade, quando ia receber a maior parte da indenização que lhe era devida pelo reconhecimento do “erro da justiça”, morreu. Os detalhes podem ser conferidos em qualquer site de notícias.

Há muitos casos que ilustram a ineficiência da justiça e elencá-los não me parece interessante. A breve narrativa da história do mecânico Marcos Mariano, serve para chamar atenção das pessoas para o fato de que hoje acontece com ele, amanhã acontecerá com a gente.

Não tem coisa pior do que ser injustamente condenado, por isso é preciso que os acusadores estejam preparados.

É preciso URGENTEMENTE exigir EDUCAÇÃO para nossas crianças.

 

24 de novembro de 2011

As Esganadas de Jô Soares

 

Sem mistérios

A história mais divulgada do ano, do autor, apresentador e comediante Jô Soares, trata-se de um romance policial histórico. Na Capital do Brasil da década de 30, acompanhamos assassinatos brutais de mulheres acima do peso.

O livro relata os crimes contra obesas ao mesmo tempo em que descreve os métodos empregados pela polícia da época no objetivo de apanhar o assassino. O ranzinza delegado Noronha, seu assistente Calixto, a bela Diana e o peculiar detetive Tobias Esteves estão unidos para deter Caronte, o matador de mulheres pesadas.

O amigo pode pensar que estou contando o final do livro, mas engana-se. Nas primeiras páginas da obra já é possível identificar todos os elementos que expus, mais ainda: até a motivação do assassino nos é revelada imediatamente, não há mistérios.

A história é concentrada na expectativa. O leitor espera conhecer a próxima assassinada, os métodos empregados por Caronte. Na outra ponta, aguarda para saber como a lógica de Tobias o colocará no encalço do bandido. Um livro rápido, de leitura fácil, cuja mistura de ficção com realidade tem efeito interessante.

O trabalho de pesquisa realizado é eficiente. O autor faz questão de demonstrar seu domínio histórico, citando personalidades, Óperas, acontecimentos da época. O ponto negativo, na minha opinião, é que as explicações históricas chegam a quebrar a harmonia da história principal em alguns pontos.

A característica que me chamou atenção foi a utilização de imagens no livro, vez que o autor empregou técnica original, condizente com as diretrizes literárias novas. As ilustrações não são meras imagens, mas imagens-símbolos, ou seja, são pequenas grafias inseridas em pontos estratégicos do texto com o objetivo de ajudar o leitor a fixar a ideia exposta. Trata-se de uma leitura de desenhos, é fascinante! É a primeira vez que percebo recurso da Literatura Nova empregado em obra de autor conceituado.

Finalizando, “As Esganadas” é um livro novo, de história simples, rápida, linear e ideal para os novos leitores. Na utilização de imagens-símbolos, inovador, na história em si, o contrário. A falta de suspense, mesmo que trocado por expectativa teve impacto significativo.

Fica a dica e a resenha!

23 de novembro de 2011

A Revista Varal do Brasil


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Você sabia que existe na Suíça uma livraria especializada em literatura brasileira e interessada em autores novos? Sabia que existe uma revista eletrônica mensal que publica literatura sem frescura? Eu também não sabia até pouco tempo atrás. Apresento-vos, agora, a Varal do Brasil:


Navegue pelo site e descubra a grandeza do projeto; da importância que a iniciativa tem para nós, autores iniciantes. O interessante é que existe a Revista Varal do Brasil, na qual qualquer escritor pode inserir seu conto. É muito fácil, só entrar em contato por e-mail e receber as informações para ter seu conto publicado na revista eletrônica. O e-mail é este:


Eu fiz isso e acabei de ter um conto publicado na revista especial de fim de ano. O Conto chama-se “O Natal de Helena” e refere-se ao primeiro natal passado pela protagonista do meu livro La Bandida sem os pais. Ele está na página 82 da revista. Eis o link da Edição Especial de Natal da Revista Eletrônica Varal do Brasil:

Espero que possam prestigiar os autores escolhidos para a revista de dezembro e também os dos outros meses. Se tem livro publicado ou se quer publicar contos na revista, entre em contato com o pessoal da Varal do Brasil que eles podem ajudar!

Acho muito importante este espaço brasileiro no exterior.
Abraços!

22 de novembro de 2011

Resenha de "Xeque-Mate" feita por Alastair Dias







Título: Xeque-Mate
Autor: Paul Law
Gênero: Literatura Fantástica/ Aventura/ Suspense
Número de páginas: 138





Devido a agenda cheia, Alec Silva me pediu para resenhar este pequeno e curioso livro de Paul Law, um grande amigo nosso. Aceitei a tarefa por ter apreciado a leitura, sobretudo na metade em diante.
Ao ver a capa do livro, eu me perguntei "Que borra é Xeque-Matel?". Li a sinopse e fiquei intrigado. Abri a obra e li agradecimentos e apresentação, cada vez mais intrigado. Fui lendo um, dois, três, quatro capítulos... já eram seis quando tive de parar; quando dei por mim, estava envolvido no enigma do Xadrez de Pai. Mais flashbacks e personagens surgindo, o que me fez ficar mais confuso do que já sou. Senti falta de mais descrições, porém é o estilo do autor e acabei ignorando.
Assim como Alec, sou mais inclinado ao fantástico e começava a recear que Paul fosse me decepcionar, contudo logo o toque de realismo mágico surge com o Rei e a trama ganha a cara que mantém até o final, tornando-se eletrizante e fulminante. Aí, meu chapa, ler a história foi um pulo felino. E veio o vazio e o desejo de ler a sequência — acredito piamente de que haverá.
Fazer o bem não é algo objetivo, como muitos tolos pensam por aí, e Xeque-Mate nos mostra exatamente isso. Às vezes a prática da chamada "bondade", os atos que nela se encaixam, representa fazer o que se chama de "mal necessário". As Peças do fascinante Xadrez servem para fazer o que é preciso, limpar o Tabuleiro de qualquer vestígio que atrapalhe o Jogo. E não demora muito para que as Peças desnecessárias também sejam descartadas em sacrifício. Isso se chama "vida", uma obra de milhares de capítulos e sem protagonistas ou antagonistas fixos, pois somos todos coadjuvantes.
No demais, as frases do autor transmitem ideias e pensamentos filosóficos que não apenas resumem os capítulso que abrem, como também nos fazem — ou pelo menos fez a mim, um cara meio inclinado a reflexões psicopáticas — pensar um pouco. Sou incapaz de selecionar alguma que tenha sido a melhor, mas cada uma dá um toque filosófico a uma obra com claras referências dos quadrinhos, do cinema, da televisão e da literatura.
Paul Law, assim como o Pai, pode não conseguir mudar o mundo com boas ações tão grandiosas e mirabolantes, mas está tentando com gestos pequeninos e aparentemenet insignificantes. E tentar, num mundo de inércia e materialismo, é um grande começo para se alcançar um sonho, mesmo que seja o de um menino-grande e que apenas quer contar uma história a alguém.

NOTA: 9,2

Quero agradecer imensamente ao amigo e escritor Alec Silva cujo contato possibilitou a resenha apresentada. Se não fosse Alec, Alastair não poderia opinar sobre minha obra. A postagem original pode ser lida no link: 


http://alastairdias.blogspot.com/2011/11/resenha-xeque-mate-de-paul-law.html


Abraços!

18 de novembro de 2011

Resenha de La Bandida pelo Confissões Literárias


La Bandida
Paul Law

Editora: Mutuus
ISBN: 9788564722002
Categoria: Ficção
Edição: 2011
Número de páginas: 82

Sinopse: A pequena Helena, ainda jovem e inocente, presencia a morte de seus pais. Um assassinato a sangue frio cometido por um perigoso pistoleiro. A cena marca a sua infância e a coloca em uma cruzada para vingar a morte de seus entes queridos. Uma aventura clássica, rápida e emocionante, típica das histórias do Velho Oeste americano. Uma narrativa capaz de mostrar que nem sempre somos motivados pelos melhores sentimentos - e que eles talvez nem sempre nos levem pelos melhores caminhos.                                                


"As covas são para as minhas vítimas! Eu mesma as enterro. As balas de prata são para matar meus oponentes, para transformá-los em terra para o meu cemitério particular. O por quê da prata? Sim, eu uso prata, porque é um metal nobre. Julgo ser importante o que eu faço. Afinal, depois de Deus, eu sou o ser que mais tira vidas por aqui..." p. 32.


Olá, caros leitores!! Hoje trouxe para vocês uma resenha de lançamento, só que desta vez de uma autor nacional. O meu querido amigo escritor Paul, que também é colunista aqui do CL, publicou seu segundo livro com a editora Mutuus e apesar de o livro ser bem curtinho, eu apreciei a leitura leve e fluída bem ao estilo Velho Oeste. Vale muito a pena conferir de perto as aventuras de Helena Montana, mais conhecida como La Bandida.
La Bandida conta a história de Helena Montana, que ainda jovem e inocente, teve que presenciar o assassinato dos seus pais por um cruel pistoleiro. Desde então, ela guardou em seu peito um profundo ódio por Juan Belmont e teve que conviver com a dor da perda e um crescente sentimento de vingança. Não só a cena marcaria para sempre a sua infância, mas também a sua mão esquerda foi ferida por um tiro que lhe tirou a sensibilidade por completo. 
Entretanto, Helena acabou conhecendo um homem que seria capaz de tirá-la daquele local e lhe mostraria toda a façanha para manejar uma pistola rapidamente e de forma eficaz para acertar e eliminar seu alvo. Billy sabia manejar uma arma como ninguém e passaria tudo o que aprendeu para a jovem Helena, mas seu passado era um mistério e mesmo assim, ela sentiu que poderia confiar nele e viver uma nova vida na esperança de um dia reencontrar Juan e finalmente ter o acerto de contas. Apesar de ser uma vida bandida...
La Bandida, como logo ficou conhecida e temida por todos, se tornou uma excelente pistoleira e passava pelos vilarejos saqueando e matando qualquer um que cruzasse o seu caminho na companhia de Billy. Sua cabeça estava a prêmio e havia vários cartazes espalhados com o valor da recompensa pela sua captura. Em pouco tempo, Juan Belmont perdeu o posto de bandido mais procurado pelas autoridades, e obviamente ele não permitiria que a sua reputação ficasse manchada por uma mulher desconhecida.  
Em determinado momento, La Bandida cogitou a possibilidade de largar aquela vida e assim formar uma família, mas era difícil esquecer e deixar para trás o passado, por mais que fosse o certo a fazer. Ela não escolheu o melhor caminho a seguir e sabia que a vingança pela morte de seus entes queridos tinha um alto preço.
Qual seria o desfecho do tão aguardado reencontro entre La Bandida e Juan Belmont? Será que ela teria uma chance de rendição e encontraria a paz que tanto almejava naquele ambiente hostil e marcado pela violência e impunidade?
O livro tem pouco mais de 80 páginas e possui uma diagramação simples. Eu notei alguns erros de digitação, mas nada que pudesse comprometer a leitura. Em minha opinião, o autor poderia ter explorado mais o universo do Velho Oeste e até mesmo esclarecer o mistério que envolvia o passado de alguns personagens como o Billy, tutor de La Bandida. Mesmo assim, eu não acho que haverá continuação e pode ter sido a intenção do autor que a história fosse curta para tornar a leitura mais ágil. 
La Bandida é um livro de aventura típica das histórias sobre o Velho Oeste que me fez lembrar filmes memoráveis como Sabatta e Os jovens Pistoleiros, e devo dizer que a leitura foi muito prazerosa e divertida. Eu recomendo a leitura para todos os leitores que apreciam um bom faroeste, com uma narrativa leve e ágil que nos transporta para um cenário de coragem e a busca por justiça em uma terra sem lei.
Espero que tenham gostado da resenha e fiquem à vontade para comentar e expressar a opinião de vocês a respeito do livro!! 




Gostaria de deixar registrado o meu agradecimento ao Blog Literário Confissões Literárias por ter lido e opinado sobre meu livro. Eis o link da postagem original:

http://confissoesliterarias.blogspot.com/2011/11/resenha-la-bandida-por-paul-law.html


Obrigado, Mariana! 

16 de novembro de 2011

Palestra Literária no SENAI

 

No dia 25 de outubro aconteceu a III semana do livro e da Biblioteca aqui do SENAI. Fui um dos autores convidados para falar um pouco sobre a literatura atual e sobre o meu recente livro La Bandida. Tenho fotos para mostrar para vocês.

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 Tinha bastante gente

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O pessoal estava atento

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Houve sorteio de brindes!

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Queria agradecer ao SENAI de Mogi Guaçu pelo convite. Em especial à responsável pela Biblioteca da escola. É muito importante para nós, escritores, este contato com as pessoas.

Abraços!

11 de novembro de 2011

Promoção “Siga e Concorra”

 

ERT

 

É com muito orgulho que divulgo a promoção do Clube dos Novos Autores, Instiuição de apoio ao novo escritor; que apoia este escritor que vos escreve. A promoção “siga e concorra” sorteia todo mês, três livros de escritores novos entre os seguidores do blog, não é legal?

http://clubnovosautores.blogspot.com/p/promocao-siga-e-concorra.html

No link indicado estão as informações sobre a promoção e as formas de aumentar as chances no sorteio. Serão três sorteios e cada sorteado ganha um livro. Para concorrer basta apenas seguir o Clube dos Novos Autores, fácil assim.

O mês de dezembro é super especial para La Bandida! O livro vai ser lançado no dia 10 de dezembro na livraria Nobel, vai ter conto publicado na revista internacional Varal do Brasil e será sorteado na promoção do Clube dos Novos Autores.

Que tal apoiar o Clube e concorrer aos três livros deste mês? Eu quero qualquer um deles!

Abraço.

10 de novembro de 2011

Os Herdeiros dos Titãs de Eric Musashi


de lutas e ideais

Com o subtítulo “de lutas e ideais” o primeiro livro da série “Os Herdeiros dos Titãs” do talentoso escritor Eric Musashi é um livro muito bonito fisicamente falando, foi a primeira coisa que me chamou atenção. Com tamanho maior que o tradicional, de letras em relevo e de desenho criativo, sua capa se destaca em qualquer prateleira. Exemplo suficiente de livro nacional cuja beleza do projeto gráfico supera os gringos.

A história relata as aventuras do jovem revolucionário Arion e sua trupe em busca de liberdade, afinal na cidade de Jatitã, um tirano oprime o povo. Paralelamente a isso, na capital temos o herói Téoder vivendo infeliz ao lado da Rainha-deusa Quetabel, remorsado por ter assassinado sua esposa Faná.

Agora adicione o fato de Arion ser o único filho de Téoder e este ter-lhe tirado a mãe. O que se passa na cabeça do jovem revolucionário em relação à atitude do pai? O que ele fará quando encontrá-lo? São exatamente estes pontos abordados no primeiro “Os Herdeiros dos Titãs”.

Uma narrativa detalhada marca a obra. A passagem de tempo é bem delineada e toda a jornada de cada personagem central é bem contada. A técnica de fragmentar o livro em dois núcleos distintos denota criatividade por parte do autor. Na expectativa de conferir o encontro de Arion com Téoder, o leitor se vê preso nas páginas de “Os Herdeiros de Titãs”, mesmo que muita coisa aconteça neste ínterim.

Aliás, o autor apresenta durante a expectativa do encontro entre pai e filho, um mundo fantástico com elementos próprios, nome de classes sociais, de medidas e raças. Isto, a princípio pode confundir o leitor, já que complexidade do cenário e seu contexto dificulta o entendimento imediato. Entretanto, com o decorrer da história, o leitor vai se habituando aos termos criados pelo autor e passa a entendê-lo no contexto da história, afinal não é preciso saber tudo do mundo para entender uma saga dentro dele.

Outro fator importante é a mensagem que se nota. A capital Catebete mostrada no livro é uma metáfora da nossa sociedade atual. O povo dela é reflexo do nosso, assim como as atitudes e comportamento. Olhá-lo no livro pode nos fazer pensar em muitas coisas e não me cabe dizer mais para evitar spoiler.

O único fator que não me agradou muito a falta de ação neste primeiro livro. Entendo que o conflito psicológico dos personagens e a retomada mental de atitudes sejam os principais temas a ser desenvolvido, mas a narrativa em alguns pontos me soou amena demais. Não que faltou detalhes, pelo contrário, achei em alguns pontos que a narração de cada dia de cada viagem, desnecessária. É opinião pessoal de leitor.

Aguardo ansioso o segundo livro da saga “Herdeiros dos Titãs” para conferir a ação que ele promete e finalizo recomendando o primeiro. Sei da luta diária do autor, de todo o seu esforço para chegar aos leitores e o valorizo muito por isso. Todo o empenho com as palavras, com estudo e com o projeto gráfico, faz de “Os Herdeiros dos Titãs – de lutas e ideais” um livro de energia única.

Fica a resenha e a dica.

9 de novembro de 2011

La Bandida: Hotsite e parcerias

 

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Olá, amigos leitores! Há um tempo eu tinha mencionado uma maneira legal de criar sites para divulgar obras e autores (postagem pode ser lida aqui). Hoje venho apresentar o hotsite do livro La Bandida. Eis o link:

http://www.wix.com/pauloantonino/labandida

O site é em flash, simples, mas de muito empenho e feito de coração. Na página inicial, os amigos podem conhecer mais sobre a obra, o autor e ler uma prévia on-line do livro, além de marcá-lo no skoob e entrar em contato com o escritor.

Na segunda página, é possível assistir ao book trailer do livro. Na terceira, pode-se comprar o livro clicando na imagem do logo da Mutuus Editora. Na última página, podemos conferir os blogs e sites que já mencionaram La Bandida de alguma forma. Que fique aqui registrado o meu agradecimento.

Outra coisa legal são as parcerias. Tanto com o blog literário Confissões Literárias como com o Clube dos Novos Autores. Também tem o Clube do Faroeste, site muito importante para o pessoal que curte “bang bang”.

O lançamento do livro está marcado para o dia 10 de dezembro de 2011, às 10:00h, mas já é possível adquiri-lo no site da editora e comigo, como pode ser visto na página do blog “La Bandida”. Quero muito que todos venham para o lançamento, independente de adquirirem o livro. Depois do lançamento o churrasco é por minha conta!

O convite formal se dará em postagem especial, mas já fica combinado.

Abraços!

4 de novembro de 2011

Sejamos antropófagos aqui mesmo



Já dizia o ilustre Oswald de Andrade que é preciso consumir o que há de melhor na cultura alheia, especificamente na literatura estrangeira. Que regionalismo, nacionalismo, eram ideias obsoletas, parnasianas. Ele estava correto e continua estando, hoje mais do que ontem.


O que venho dizer hoje, em nossa coluna Confissão Literária, é que podemos consumir o melhor sem precisar sair do pais. Há novos autores nacionais que merecem ser “comidos”. Vou dar alguns exemplos e sugestões:










Inverso a este raciocínio, o mercado literário atual vem sendo fomentado por “índios comuns estrangeiros”. Os guerreiros de valor estão distantes e comemos qualquer coisa que nos é imposto. Não generalizo uma coisa em detrimento de outra, longe disso. A intenção é mostrar que temos nossos próprios “guerreiros virtuosos”, nossos autores formidáveis.


Meu respeito aos índios estrangeiros de grande virtude fica registrado.


Há mais (tantos que não caberiam nessa postagem) novos autores nacionais que merecem ser comidos para que suas virtudes sejam adquiridas por nós. Sito mais alguns:












E a lista vai longe, formada por autores que já publicaram, que estão publicando, que publicarão.
Que tal sermos antropófagos dessa literatura?




Um abraço!

1 de novembro de 2011

Corações em Fase Terminal

 

Fabiane Ribeiro - Corações em Fase Terminal - capa frente

Uma chance para mudar tudo

 

Corroborando com o que está acontecendo na literatura atualmente, “Coração em Fase Terminal” da promissora escritora Fabiane Ribeiro, nos trás toda a intensidade de uma boa história. Rápida, sentimental, metafórica e surpreendente, a obra nos leva para dentro de nós mesmos.

O livro relata os acontecimentos da vida de Cátia, uma jovem universitária cuja vida desregrada e sem limites acaba levando-a ao álcool excessivo e ás drogas. Algo comum atualmente, posto que há muitos jovens em “Fase Terminal” de existência devido ao abuso com a liberdade.

Prestes a ter sua existência ceifada precocemente, depois de adormecer Cátia se vê em um lugar peculiar, a Cidade dos Corações onde tudo tem por modelo o órgão vital humano. As nuvens, as árvores são em forma de coração. Neste estranho local, ela se depara com a inusitada tarefa de cuidar literalmente do seu coração que está dentro de uma caixa dourada e todo manchado. Isso mesmo, na Cidade dos Corações, todas as pessoas possuem seus corações fora dos corpos, dentro de Caixas Sagradas e devem curá-los para poderem fazer a Travessia. O ambiente do livro está descrito, a aventura de Cátia começa agora e cabe ao leitor conferi-la.

Uma história sensível, positiva e de mensagem importante, foi o que pude observar nas páginas eletrônicas de “Corações”. Senti-me perto de obras espíritas como Violetas da Janela de Patrícia. Até mesmo do badalado “A Cabana” de Young, observei proximidade, não que o livro seja cópia dos exemplos citados, longe disso, a temática é toda autêntica, mas as mensagens são semelhantes.

Trata-se de um livro de poucas páginas, mas de objetividade surpreendente, feito na medida para os leitores novos. O português limpo da autora Fabiane Ribeiro, conciliado com a mensagem relevante que ela se propõe a passar, tornam “Corações em Fase Terminal” uma obra de beleza singular. Sou adepto totalmente dessa literatura limpa, sensível e de moral bem caracterizada. Em Corações, o leitor aprende com metáforas, ainda que nem se dê conta delas; aprende que há uma segunda chance para mudar o rumo das coisas.

Minha única ressalva ao livro é quanto a brevidade. Sempre acho positivo o autor que consegue dizer muito com pouco, mas acho extremamente difícil mestrar neste quesito. É complicado ser objetivo sem ser breve e talvez “Corações” tenha sido breve em alguns pontos. A relação de Cátia com sua família ao final do livro me pareceu pouco explorado e o leitor (pelo menos eu) esperava muito desse desfecho. Queria conhecer mais da nova Cátia, fora da Cidade dos Corações.

Isso não desaprecia a obra, tampouco a habilidade da autora, afinal ela me mostrou uma literatura rica em poucas palavras. É isso que busco no que leio, histórias intensas de português moderno, gostoso e que valorizem minha posição como leitor crítico. Imaginar, nós sabemos e a Fabiane confiou na nossa imaginação. O resultado foi mágico.

Fica a dica e a resenha!

Quer comprar e conferir pessoalmente do que estou falando? Entre em contato com a autora:

assessoriaxadrez@gmail.com

Veja o Book trailer do livro: