29 de setembro de 2010

A Cabana de William P. Young



 

Deus acessível, esperando-o em uma cabana.

 

O livro intitulado de "A Cabana" do autor norte-americano Willian P. Young, relata a incrível aventura de Mack Allen Phillips depois de receber um bilhete de Deus convidando-o para passar um final de semana na cabana. A princípio Mack acredita tratar-se de uma brincadeira. Depois, refletindo sobre os acontecimentos passados acreditou tratar-se do assassino de sua filha. É que tempos atrás, há quatro anos, durante um passeio festivo familiar, Mack teve sua filha sequestrada por um maníaco e havia evidências de que a criança tinha sido assassinada. Desde então, ele se tornara uma pessoa triste, desacreditada e rancorosa. Desejava encontrar aquele assassino, fazer vingança e tinha certeza que aquele bilhete convidando-o para a cabana era dele. Seu pasmo total é chegar ao local onde supostamente sua filha fora mantida em cativeiro e se deparar realmente com Deus, Jesus e o Espírito Santo. Era o momento de Mack questionar Deus dos acontecimentos de seu passado e obter Dele resposta para todas as suas dúvidas, muitas que se afiguram também como nossas.

Young nos trás um Deus acessível para quem precise Dele. Seu personagem Mack é um retrato daqueles que não compreendem como pode haver tanta desgraça no mundo se Deus existe. Aliás, essa questão é muito comentada nas páginas de "A Cabana". A resposta também é bem convincente, mas não vou dizê-la. Cabe a você, caro leitor, refletir sobre as linhas de Willie e deduzir por si. Apesar de a história ter grande apelo religioso, ela não propaganda qualquer religião e pode perfeitamente ser interpretada com uma história de ficção. Eu a interpretei deste modo, para fugir de rotulá-la. Para os adeptos do cristianismo, estão presentes conceitos fortes relativos a este contexto, tais como a Santíssima Trindade e Livre Arbítrio. Contudo, diferente do que prega a gama religiosa, Young nos apresenta Deus como um ser pleno que está disposto a ajudar a cada um de nós. Uma Entidade poderosa, mas que se sujeita à nossa condição humana e a nos ouvir. Deus em "A Cabana" não é um velho que fica em um trono distante e inacessível, rodeado de subalternos. Aqui Ele é o que precisamos. Sempre me intrigou essa questão levantada por Willie. Porque sempre que queremos falar com aquele político importante ou aquele chefe da empresa, somos barrados por subalternos. As igrejas pregam a mesma coisa em relação a Deus o que, a meu ver, é um erro. O autor do livro aqui em questão comunga de opinião similar.

O projeto gráfico do livro é simples. Uma capa escura que trás a imagem de uma cabana com acabamento plastificado. Marcadores de texto eficientes e letras de um tamanho bom, além de passar uma mensagem em cada início de capítulo. Concluo dizendo que é um livro que vale a pena ser lido independente de crença religiosa e que, inclusive, vem sendo bem aceito pelo público. Uma obra que pode ser encontrada em qualquer livraria e supermercado grande. Um livro desta monta pode ser de grande reflexão, além de uma leitura simples que tem potencial para emocionar.

Até a próxima resenha! 


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Comentário interessante vindo de meu blog abril


"Conceitualizar sobre Deus torna-se um exercício subjetivo, já que Deus é, também, um exercício de fé que se enquadra nas necessidades e carências de cada ser pensante. Enigmaticamente, trata-se, a princípio, de um tema de uma provável ficção, não científica, mas de livre exercício e direito de opinião e crença...Parabéns pelo espaço; sua proposta é excelente!" = Dharckan

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